terça-feira, 26 de abril de 2011

Governo propõe solução para 'guerra fiscal' em ICMS de importados

Governo propõe solução para 'guerra fiscal' em ICMS de importados

Barbosa apresenta solução gradual até 2014 para redução de incentivos, dando início a reforma tributária "fatiada"

Danilo Fariello, iG Brasília | 26/04/2011 11:27

O governo federal deu início a um processo de reforma tributária "fatiada", ou seja, ponto por ponto, levando hoje ao Senado uma proposta de redução gradual do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em casos de importação, a chamada "guerra fiscal" dos portos. Diversos Estados têm reduzido suas alíquotas de ICMS para incentivar a circulação de produtos importados em seus portos.

Para o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, que apresentou uma nova proposta à Comissão de Assuntos Econômicos hoje, essa é uma mudança "urgente". "Não é uma questão de quem faz certo e quem faz errado, mas essa situação tem prejudicado o Brasil como um todo."

Ele completa que o problema é agravado pela conjuntura atual. "Nesta situação de apreciação cambial, esses incentivos estaduais já revelam problemas nacionais."

Com a guerra fiscal dos portos, determinados Estados reduziram sua alíquota a valores irrisórios para elevar o fluxo em seus portos e arrecadar mais com benefícios indiretos. Com essa redução, porém, esses Estados forçam os demais a reduzir também as alíquotas para manter competitividade. Diversos especialistas apontam, porém, que essa competição reduz a arrecadação dos Estados de maneira geral.

Resolução renovada

A proposta da Fazenda é uma redução gradual do ICMS que hoje é cobrado em alíquotas de 12%, 7% ou menos, para que cheguem a 2% em 2014. "É uma proposta gradual que encaminha o problema em três anos", diz Barbosa.

Segundo ele, essa manutenção de alíquota em 2% seria para manter o estímulo fiscalizador dos Estados, para acompanhar o fluxo de produtos que chegam ao seu Estado.

Uma resolução do Senado poderia resolver essa "guerra fiscal". Desde o fim do ano passado já tramita na casa uma proposta de Resolução que leva a zero a alíquota de ICMS em transferências interestaduais de produtos importados imediatamente.

A nova proposta do governo, portanto, torna essa transição gradual e mantém a alíquota mínima de 2% para efeito de controle da arrecadação

Estados não são todos a favor

A proposta do governo federal foi apresentada aos governos Estaduais, responsáveis pela arrecadação e principal destino do ICMS, na última reunião do Conselho de Política Fazendária (Confaz), em abril. É no Confaz que se reúnem todos os secretários de Fazenda do país.

Segundo Simão Sirnineu Dias, secretário de Fazenda de Goiás e representante do Confaz na audiência pública do Senado, não são todos os secretários a favor da nova proposta. "Muitos são a favor da transição, mas (com a alíquota) parando em 4%", diz.

Dias acrescenta que muitos Estados podem ter sua receita gravemente comprometida com a eventual mudança. "Há vários que terão desequilíbrios enormes", diz o secretário de Goiás, destacando o seu Estado, Amazonas e Mato Grosso do Sul como os principais prejudicados.

Andrea Calabi, secretário de Fazenda de São Paulo, entende a proposta do governo como razoável. Segundo ele, a "guerra fiscal" é prejudicial não só aos Estados que mais recebem produtos, como até para os que oferecem incentivo fiscal. "Muitas vezes, os incentivos são exagerados e comprometem os Estados em investimentos sociais, como saúde e educação."

Reforma continua

Segundo Barbosa, depois desse tema mais "urgente", que é a pacificação de uma alíquota de ICMS na transação interestadual de produtos importados, o governo vai olhar também para a cobrança do mesmo imposto em comércio eletrônico, energia elétrica, entre outros setores, embora em alguns desses casos, a decisão esteja mais relacionada às decisões do Confaz.

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