Brasil quer se aproximar da Rússia - 28/01/2015 Empresários brasileiros estão otimistas em relação às oportunidades de negócios na Rússia, mesmo com o rebaixamento do grau de investimento do país pela Standard & Poor's, no dia de ontem. A diretora da empresa do setor de alimentação Brazilian Forest, Valéria Domingues, diz que o Brasil tem "uma nova janela de oportunidades" na Rússia, após a proibição do país de importar produtos alimentícios dos Estados Unidos, União Europeia, Austrália, Canadá e Noruega, em agosto de 2014. "Mesmo com o rating rebaixado e em crise, a Rússia precisa comprar alimentos e outros produtos. Sabemos que, neste momento, o país irá comprar pouco. No entanto, é uma oportunidade raríssima para nos colocarmos no mercado e para que, passada a crise e conhecendo os nossos produtos, eles possam aumentar as suas compras de nós", diz Valéria. "Enquanto os nossos concorrentes estão com medo, enxergamos esse momento como uma oportunidade. Em épocas de crise, alguns choram, outros vendem lenço", finaliza a empresária, que estará presente na Prodexpo 2015, entre os dias 9 e 13 de fevereiro na Rússia, como parte de uma missão da Apex-Brasil e do Conselho Brasileiro das Empresas Comerciais Importadoras e Exportadoras (Ceciex). A Brazilian Forest também irá representar na feira pequenas e médias empresas nacionais de massas, café e açaí e afirma que já tem reuniões de negócios agendadas. "Como as classes A e B cresceram nos últimos anos, na Rússia, iremos apresentar nossa linha produtos saudáveis, já que são bastante consumidos por esses segmentos", conta Valéria. Outros investimentos O dono da empresa de facilitação de negócios com o leste europeu Nova Opção, Darlan Moraes, afirma que o rebaixamento da Rússia prejudica investimentos no mercado financeiro e as empresas que desejam se internacionalizar para o país. No entanto, diz que, apesar do problema da volatilidade do câmbio, a desvalorização do rublo tem tornado vantajosas algumas operações de comércio exterior. "Eu faço negociações para a importação de ureia. Então, quando vou fazer as cotações entre os países fornecedores, a Rússia, apesar das incertezas em torno da moeda, oferece o melhor preço. A operação, portanto, acaba sendo vantajosa, mesmo que a empresa receba em dólar. Nesse caso, o rating da Rússia pouco importa para nós", finaliza o empresário. Diário do Comércio e Indústria |
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